Senhoras e senhores, não é novidade de que alguém com foro
privilegiado está sendo investigado pelo Gaeco no caso de irregularidades na
compra de uniformes escolares. Ontem, as 7h59min da manhã eu escrevi aqui que
Londrina começou com uma padre (Roque Neto) e poderia terminar com um pastor
(Gerson Araújo), presidente da câmara, que assume a prefeitura caso o vice de Barbosa
também caia.
Investigações do Gaeco, segundo informações de uma fonte
muito segura, apontaram que um agente público com foro privilegiado teria
recebido R$50 mil de R$150mil que foram divididos com outros agentes (caso dos uniformes).
Segundo um funcionário do primeiro escalão da prefeitura, com quem falei
ontem a noite, Ribeiro já teria admitido a possibilidade de renúncia. Neste caso
quem assume é Gerson Araujo, presidente da câmara de vereadores, no entanto
Gerson teria que abrir mão da candidatura a vereador. A solução seria uma nova
eleição para presidência da câmara com alguém que queira ser prefeito por
alguns dias.
Um comentário:
Teremos obras, prefeito Ribeiro?
Se não tomarem cuidado, a gestão do prefeito Joaquim Ribeiro passará para a história como a pior de Londrina. Pesquisas mostram que governos tecnocratas não são bons de desenvolvimento social, e por um motivo bem pragmático: porque priorizam as contas e não as pessoas. E em função da crise política que se instalou em Londrina, que culminou com a recente cassação do então prefeito Barbosa Neto, a imprensa, que normalmente carrega a bandeira da fiscalização social, ainda não acordou para esta nova realidade.
Um bom prefeito é aquele que consegue administrar uma cidade com o pouco de dinheiro que tem (e até com o que não tem). A função de um prefeito é realizar obras e aplicar na manutenção dos equipamentos públicos, não é radicalmente cortar investimentos generalizados. Dá a impressão que o prefeito ficará cinco meses plantado atrás da escrivaninha e arrecadando impostos só pra pagar o funcionalismo.
A atual administração já anunciou vários cortes sociais, como a obra da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim do Sol, a contratação de 300 funcionários para diversas secretarias, incluindo 100 médicos (como se não estivéssemos com crise na Saúde), os pagamentos de parcelas de obras em andamento e vetou o início de novas obras, incluindo as despesas para o lendário teatro municipal.
Um bom prefeito é aquele que faz dívidas. Mas dívidas conscientes e pagáveis pelo erário, ainda que em longo prazo. São as chamadas “dívidas do bem”, que são aplicadas no desenvolvimento do município. Mas o Ribeiro – que, aliás, foi eleito vice-prefeito para também realizar obras e manutenções quando assumisse – parece que não pretende fazer nada disso até o final do ano. Infelizmente Londrina vai ficar parada no tempo.
Se eu fico desempregado vou morar debaixo da ponte. Uma empresa abre falência e fecha as portas, mas uma instituição como a Prefeitura jamais deixará de existir. O Brasil tem 5.563 municípios e eu não conheço nenhum onde o prefeito fechou as portas e jogou a chave no laguinho...
Aos tecnocratas, falta competência política. Falta competência em gestão social. Falta a ousadia dos empresários bem sucedidos... Pelo jeito não é o nosso caso. Infelizmente.
Fica aqui o meu protesto!
REGINALDO ASSIS DE OLIVEIRA
COMERCIANTE
RUA SOUZA NAVES, LONDRINA
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