O Diário:
O Núcleo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)
de Londrina encaminhou, na terça-feira (15), duas denúncias à Justiça da
Comarca, contra vários ex-agentes públicos da cidade e empresários. Entre eles,
o ex-prefeito de Londrina, Barbosa Neto (PDT), que teve o mandado cassado em
2012 pela Câmara Municipal.
A primeira denúncia se refere ao caso envolvendo a empresa
"Proguarda". O procedimento corre contra o ex-prefeito Barbosa Neto,
o ex-secretário de Governo Marco Cito, o ex-procurador-geral do Município,
Fidelis Canguçu, e outras três pessoas. As investigações do Gaeco apontam que,
para essa empresa de serviços de limpeza, foram desviados R$ 955.294,34, por
meio do crime de peculato e supressão de documentos públicos.
A Promotoria sustenta que, em julho de 2010, um representante legal da
Proguarda requereu ao Município de Londrina a recomposição do equilíbrio
econômico financeiro referente ao contrato, "utilizando-se, para tanto, de
motivos falsos e de motivos pré-existentes à realização do contrato e dos quais
já tinha conhecimento antes da celebração do mesmo, visando, exclusiva e
dolosamente, apropriar-se de dinheiro público".
A outra denúncia - também contra Barbosa Neto, Marco Cito e Fidelis Canguçu,
além de uma professora, um administrador de empresas e o proprietário de uma
editora de livros - trata da aquisição, por parte da Prefeitura, de livros
didáticos para a rede pública municipal, com dispensa da licitação fora das
hipóteses legais previstas para tanto. "(...) convencionaram utilizar
justificativas inválidas e ilegítimas para a compra direta de livros didáticos
destinados à rede pública municipal de ensino junto à empresa Editora ética do
Brasil Ltda., invocando-as para beneficiar, indevidamente, a referida empresa
com a contratação desta a ser efetivada pela administração pública deste
Município, promovendo o desvio de dinheiro público em favor daquela pessoa
jurídica", apontam os promotores de Justiça.
Ambas as denúncia tramitam na 3ª Vara Criminal de Londrina e aguardam
posicionamento da Justiça.
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