Veja o que meu amigo Odair José, viu no blog de José Seabra:
Tem gente que vai chorar e não vai ser por causa de cebola...
Quero dizer que admiro o trabalho do Hauly, mas política é política.
"O governador Beto Richa (PSDB) está decidido a demitir o deputado federal Luiz Carlos Hauly, tucano como ele, da Secretarioa da Fazenda. Se levar adiante seu desejo, Richa estará matando dois coelhos com uma só cajada, pois não só evitará um racha sem precedentes na sua equipe, como também se verá livre das bicadas do colega de legenda.
Hauly virou um problema quando supostamente passou a defender projetos pessoais na secretaria que dirige, o que tem sido interpretado como conflito de interesses. Ao mesmo tempo, decidiu bater de frente com o deputado estadual Durval Amaral (DEM), secretário de Governo.
Os dois são adversários ferrenhos, pois, nascidos em Cambé, uma cidade-dormitório de Londrina, disputam votos na região metropolitana da "capital do café". Por conta de questiúnculas locais, eles comprometem a gestão pública. E como Beto Richa deve mais favores políticos aos Democratas do que a Hauly, uma espécie de pré-defenestrado do ninho tucano, ele decidiu manter o secretário de Governo e afastar o da Fazenda.
Segundo observadores políticos do Paraná, Beto Richa teria mais motivos para afastar Luiz Carlos Hauly. Um deles seria a anunciada pré-candidatura do secretário da Fazenda à prefeitura de Londrina, cargo que insiste em disputar sem sucesso pela enésima vez, o que lhe valeu o apelido de eterno derrotado. Não bastasse isso, o governador teria um nome da sua preferência no colete, que espera ver como prefeito da cidade.
A virtual demissão de Hauly, mesmo antes de confirmada, foi aplaudida na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e no centro financeiro do eixo Rio-São Paulo.
Na capital da República o secretário da Fazenda do Paraná é mal visto, pois costuma confundir adversário político com inimigo. E predador de tucanos, para ele, é o PT - justamente o partido que, por estar no comando central, fecha ao Paraná as portas do BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Se o Hauly nos vê como inimigos, ele terá o tratamento de inimigo", costuma dizer o ministro da Fazenda Guido Mantega a interlocutores mais próximos.
Já no centro nervoso da economia do país, empresários de grande porte têm pressionado o governador a demitir o secretário da Fazenda, a quem se referem como o "Economista de Cambé", numa alusão ao personagem Analista de Bagé, de Luis Fernando Veríssimo.
A desconfiança de paulistas e cariocas em torno de Hauly foi manifestada ao próprio Richa em recente almoço na sede do Banco BTG-Pactual, do banqueiro André Esteves. "O Paraná é o Estado do futuro, mas com o Hauly lá, não dá", sintetizaram os investidores."
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