Castração química

Para combater os casos de abuso sexual contra criança, a promotora da Vara da Infância e Juventude de Londrina, Édina de Paula, defende uma medida radical: a castração química de pedófilos, realizada por meio de hormônios que inibem a libido do criminoso. Para a promotora, a “pena” seria imposta após o acusado sair da prisão.
Como justificativa, Édina aponta estudos que mostram que pedófilos, quando presos e condenados, voltam a cometer os crimes. “É constatado que, quando o abusador sai da cadeia, na primeira oportunidade que tiver, vai cometer novamente o abuso. Ele sempre será um abusador.” No Paraná, a cada seis horas uma criança é vítima de violência. Em virtude de quatro casos recentes ocorridos no estado, o governo estadual decidiu implantar um banco de DNA de criminosos, o primeiro do Brasil.
Segundo a promotora, a castração química já é utilizada com sucesso na Alemanha. No Brasil, o senador Gerson Camata (PMDB/ES) apresentou, em setembro do ano passado, o projeto de lei 552/07 que sugere a castração química para os crimes de estupro e de atentado violento ao pudor.
Para a promotora, a principal conseqüência para as crianças vítimas de qualquer tipo de abuso sexual é a dor que ela carregará para sempre. “Em muitos casos, o pedófilo não pratica o ato sexual em si, no entanto, ele expõe as vítimas a situações que elas não consentiram. O que não deixa de ser uma violência contra esta criança”, destaca.

Jornal de Londrina (JL)